Seminário de Pesquisa: Genética nos Distúrbios da Comunicação Humana.



27 de junho de 2013



São Paulo, 22 de março de 2013.


Discussão clínica fonoaudiológica da fala e da fluência.    










Na área da Pedagogia, temos a oportunidade de observarmos às crianças em suas relações interpessoais. Em casos de gagueira, acabamos associando esta disfunção à emoção. E muitas vezes, por ignorância, acabamos sendo preconceituosos.
Participar deste Seminário fez-me compreender que a gagueira é um caso de saúde e que o tratamento melhora a fluência e quase elimina os travamentos da fala. A gagueira é o resultado de falhas no seqüenciamento da fala em regiões bem definidas do hemisfério esquerdo do cérebro. A gagueira não tem cura e atinge cerca de 1% da população, sendo 80% homens. Também podemos afirmar que cientistas já provaram o envolvimento de genes no distúrbio da fala, confirmando que a maioria dos pacientes gagos tem antepassados com as mesmas características. Porém se tratada desde a infância, à fluência pode ficar muito boa.
Atualmente, a fonoaudiologia avançou em seus métodos, além dos exercícios realizados nas terapias, existe o aparelho “SpeechEasy” (aparelho auditivo, digital, com um leve atraso, efeito coro, que provoca melhora na inibição da fala). Sendo assim, a fluência é como andar, dirigir, concentrar-se, fazer cálculos, ou seja, é uma habilidade de domínio da linguagem. Requer tempo e depende de cada pessoa.
A disfluência acontece normalmente na fase de aquisição da linguagem (entre 3 e 4 anos), tem recuperação espontânea e tende a diminuir logo que a linguagem se desenvolva. Por sua vez, a disfluência não se caracteriza como gagueira.  Já a gagueira tem características semelhantes à disfluência, porém, em casos de gagueira a criança já traz esta disfunção em seu código genético, não tem recuperação espontânea e o quadro persiste, desenvolvendo cada vez mais a gagueira, tornando-a crônica.
Desta forma, diante essas informações, pode-se compreender a diferença entre a disfluência infantil (comum na Pedagogia) e gagueira.  Poderei então observar com maior precisão como ocorre à fluência da fala da criança e quando houver necessidade poder encaminhá-la para o tratamento adequado com o profissional específico.

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